quarta-feira, 9 de março de 2011

Um poema


Deus enrolava-nos vagarosamente
para acabarmos entre os seus dedos.
A esse seu prazer chamou tempo
e onde havia dor nasciam cigarros.
Pensou no fogo como sendo belo
de modo a morrermos maravilhados.


Paulo José Miranda
O Tabaco de Deus
2002, ed. Cotovia
pintura de Graham Sutherland

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