terça-feira, 27 de julho de 2010

Os Anéis do Meu Cabelo

Se passares pelo adro
No dia do meu enterro
Diz à terra que não coma
Os anéis do meu cabelo.

Já nem digo que viesses
Cobrir de rosas o meu rosto
Ou que num choro dissesses
A qualquer do teu desgosto.

Nem te lembro que beijasses
Meu corpo delgado e belo
Mas que sempre me guardasses
Os anéis do meu cabelo.

António Botto

1 comentário:

Graça Martins disse...

tão belo, lindo de morrer...