sábado, 27 de fevereiro de 2010

um poema de Regina Guimarães que aqui deixo para o Diogo



Fui expulsa da casa do mundo
por um irmão desconhecido.
Vendou-me os olhos e levou-me
à saída de todas as saídas.
Nunca mais achei o caminho
do meu claro quarto crescente
onde se nascia todo o dia.
Só me lembro de nascer, nascer, nascer
como uma labareda a pão e água.




Regina Guimarães
Tutta
1994, ed. Felício e Cabral

imagem: Inês d´Orey

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