terça-feira, 6 de novembro de 2007

The Cloud Room: The Cloud Room

ATRÁS DAS NUVENS ESTÁ O SOL




Ainda antes de ouvir "Please Don´t Almoust Kill Me", o EP lançado há semanas, segundo da disocgrafia dos The Cloud Room, sinto-me na obrigação (Comigo mesmo.) de dizer de minha justiça a propósito do álbum homónimo, o primeiro.
O registo primogénito da banda fundada por J Stuart, parente de Philip Glass (Por falar do assunto.), é um agradável sopro musical, povoado da sensação de que o que se ouve é insólito.
E isto em 2005 ainda mais. Entretanto o surgir (Ou o afirmar.) de bandas como os Arcade Fire ou os Clap Your Hands Say Yeah vieram reforçar esta ideia, acompanhando os Cloud Room nesse trilho incerto que é o Indie Rock.
"The Cloud Room" começa com "Hey Now Now", de resto tema de mais projecção do álbum, e que, ainda nos confins de sites na net começou a dar visibilidade á banda de Brooklyn. Nele, além da explosão que tenta, sem sucesso, ser contida, já dá para perceber que J tem noção das limitações da sua voz (E joga que acordo com isso, o que só demonstra inteligência.), e a canção nunca deixa de ser excelente. A sonoridade é diferente do que é costume vermos nas bandas de rock. Não existe a ansiedade de ter uma guitarra eléctrica a rebentar sod uma voz aos gritos até ficar rouca, bem pelo contrário, o que se procura é um equilíbrio dentro do caos, e alguma moderação no aspecto instrumental.
O álbum viaja sempre dentro desta sonoridade em que a explosão surge na tentativa de conteção. A performance dos músicos é perfeita e muito bem programada, surgindo cada instrumento no momento certo, e sempre conseguindo que cada um se ouça. Peca por vezes por abusar da contenção ("O My Love") o que não abona propriamente a favor da banda, e principalmente a favor de J Stuart, cuja voz fica sempre no mesmo registo.




As canções em si são compoisções com um gosto muito apurado, simples, mas engrandecidas pelos arranjos, ora barrocamente desmedidos, ora mais minimalistas. Há uma omnipresente energia em cada uma, e, definitivamente, têm potencial para resultarem num excelente concerto. Ouvindo "Waterfall", "Beautiful Mess" ou "We Sleep In The Ocean" guardamos depois a certeza de estar não só perante um grande álbum como também perante uma grande banda.






Veredicto Final: 19/20

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